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O QUE É RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO?


Outro ponto de dúvida é o valor da resistência de aterramento. Ela mede a capacidade do aterramento de descarregar a energia para a terra. Quanto menor essa resistência, melhor para a instalação, pois mais rápida será a atuação das proteções.

Embora alguns fornecedores cheguem a exigir 1 ohm (é a Unidade de Resistência), a norma de instalações elétricas (NBR 5410/2004) não define diretamente nenhum valor, enquanto a norma americana de instalação elétrica exige um valor máximo de 25 ohms. A norma brasileira de proteção contra descargas atmosféricas (NBR 5419/2005) recomenda um valor máximo de 10 ohms. Sempre que possível, esse valor deve ser adotado para todas as instalações.

Aterramento

 

COMO INSTALAR O FIO TERRA?


A conexão dos equipamentos elétricos ao sistema de aterramento deve permitir que, caso ocorra uma falha na isolação dos equipamentos, a corrente de falta (corrente "fugitiva") passe através do fio de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma pessoa que eventualmente esteja tocando o equipamento (o que provocaria choque, lesões e até mesmo morte - dependendo de cada situação e da intensidade da corrente de fuga).

Dentro de uma instalação elétrica existem diversos tipos de proteção: contra choques elétricos, contra descargas atmosféricas, contra sobre tensões, etc. Para uma melhor compreensão e busca da solução mais conveniente, deve-se estudar separadamente cada uma delas. Porém ao executar a instalação, deve ser feito um único aterramento. As normas técnicas não permitem aterramentos isolados ou independentes, para que não apareça diferença de tensão, que é a principal causa de "queima" dos equipamentos e colocam em riscos os usuários das instalações elétricas. Um único ponto de aterramento é que irá garantir a proteção adequada.

O procedimento muito comum de utilizar aterramentos isolados, exclusivos ou independentes, constituí um grande equívoco. Esse procedimento não está de acordo com as regras das Normas Técnicas Brasileiras, de uso obrigatório, e coloca em risco as pessoas e aparelhos elétricos.

Todo o quadro de distribuição deve ter um terminal de aterramento, para onde irão convergir os fios terra da instalação. Isto significa que todos os fios terra, de cada aparelho, devem ser ligados ao mesmo ponto de aterramento.

O terminal, por sua vez, deve ser ligado ao eletrodo de aterramento, de uso obrigatório em todo padrão de entrada de energia. Essas ligações devem ser feitas da forma mais direta e mais curta possível.

 

EQUALIZAÇÃO DOS POTENCIAIS


Quando as normas se referem a equalização dos potenciais estão querendo dizer que estamos executando uma interligação para reduzir substancialmente a diferença de potencial entre dois pontos de uma instalação ou entre duas referencias de potencial de circuitos diferentes, ou ainda entre dois prédios. Em inglês essa ligação é denominada bonding que já foi traduzida por bondeamento que nos parece meio excêntrica, mas se for adotada, depois de algum tempo nos parecerá normal, assim como inicializar, jampear e outros anglicismos. Aliás, a própria palavra equalizar também é um anglicismo, pois o correto em português casto é igualizar, que nos soa difícil até de pronunciar.

É claro que quando passa uma corrente por um condutor sempre há uma queda de potencial que poderá ser maior ou menor dependendo do valor da corrente que circular e do valor da impedância ( resistência e indutância) do condutor. Em muitas situações normalmente não há passagem de corrente substancial pelo condutor de equalização e por isso sua impedância não tem tanta importância. Quando a corrente é de alta frequência essa queda de tensão é determinada pela taxa de variação da corrente di/dt e pela indutância do condutor L, ou seja pela Ldi/dt.; quando a corrente é de baixa frequência ou mesmo contínua, a queda de tensão será dada por RI.

Não se pretende reduzir a zero as diferenças de potencial, mas reduzir essa diferença a um valor que seja desprezível para as necessidades daquela situação e naquela técnica. Assim se estamos falando em segurança das pessoa nas frequência industriais (50 ou 60 Hz) equalizar é obter uma redução da diferença de potencial a valores abaixo do limite da tensão de toque ( 50 V, 25 V, ou 12 V, dependendo da situação do local: seco, molhado ou com a pessoa dentro d’água). Essa equalização é obtida com uma interligação feita com um cabo de resistência baixa ( 10 mm², 16 mm², ou mais dependendo do comprimento e da corrente que pode passar por ele).

Se por outro lado estamos falando em equipamentos da Tecnologia da Informação essa diferença deverá ser de alguns Volts ou de menos de 1 Volt. A indutância dos condutores de seção circular nas dimensões usadas nas instalações é de cerca de 1,2 KH/m e o di/dt de uma corrente de raio é de dezenas ou centenas de kV/Ws e o produto Ldi/dt será de dezenas a centenas de kV/m nos condutores que conduzem a corrente do raio (condutores de descida, por exemplo) ou alguns mV/mm nos condutores dos circuito eletrônicos onde uma minúscula parte da corrente induzida pelo raio em um circuito vai passar por um condutor de alguns mm de comprimento.

No caso da interligação entre os aterramentos de prédios que se comunicam por cabos de pares metálicos ( STP - pares torcidos blindados ou UTP - pares torcidos não blindados) e que por ocasião das quedas de raios nas vizinhanças ficam sujeito a diferenças de potencial elevadas devemos pensar em interligá-los por condutores de indutância muito baixa, para que o produto Ldi/dt seja baixo. Como condutores de baixa impedância podemos utilizar fitas largas de cobre (30 a 50 cm x 0,5 mm de espessura) Quanto maior a relação entre a largura e a espessura da fita menor será a impedância. Podemos utilizar também tubos e perfis metálicos de seções "generosas" (tubulações contínuas de incêndio, estruturas contínuas dos "pipe racks", tubulações de água ou de ar comprimido e outras muitas vezes existentes em áreas industriais.

Ás vezes não nos preocupamos com essas interligações porque "as interligações de dados entre os prédios são feitas com fibras óticas e só usamos os pares metálicos dentro dos edifícios". Na maioria dos casos entretanto as linhas telefônicas (principais e seus ramais) são metálicas e estão interligadas aos sistemas de aquisição de dados e por elas surgirão diferenças de potencial perigosas para os equipamentos de telefonia e de dados ou Equipamentos da Tecnologia da Informação (ETI).

Equalização de Potenciais

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